terça-feira, 12 de abril de 2011
BUSCA E SALVAMENTO
O Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico (SISSAR) atua numa área de 22 milhões de km2 - grande parte sobre o Oceano Atlântico e a Amazônia - e está organizado e estruturado para efetuar missões de busca e salvamento em consonância com os compromissos e normas nacionais e internacionais.
Suas principais atribuições são:
· Localizar ocupantes de aeronaves ou embarcações em perigo;
· Resgatar tripulantes e vítimas de acidentes aeronáuticos ou marítimos com segurança;
· Interceptar e escoltar aeronaves em emergência.
O DECEA, órgão central do SISSAR, é a organização responsável pela sustentação normativa, coordenação e supervisão operacional das atividades de busca e salvamento, na área de responsabilidade do País.
Por meio da Divisão de Busca e Salvamento (D-SAR), o DECEA gerencia toda a atividade de busca e salvamento aeronáutico brasileira, que é executada pelos seguintes órgãos:
(RCC) Centro de Coordenação de Salvamento
Os Centros de Coordenação e Salvamento - ou RCC, do inglês Rescue Coordination Center - são os órgãos regionais responsáveis pelas ações de busca e salvamento em suas respectivas áreas de jurisdição. Também chamados de Salvaero, são dotados de uma adequada rede de comunicação e guarnecidos por pessoal altamente especializado, em permanente estado de alerta, sete dias por semana, 365 dias por ano.
No caso de qualquer incidente SAR (sigla inglesa para busca e salvamento), serão eles os órgãos responsáveis pela coordenação das operações e de suas missões. No Brasil, há cinco Centros de Coordenação de Salvamento.
· RCC-BS (SALVAERO BRASÍLIA)
Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I)
SHIS - QI-05 - Área Especial 12
71615-600 - Brasília – DF
Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I)
SHIS - QI-05 - Área Especial 12
71615-600 - Brasília – DF
· RCC-CW (SALVAERO CURITIBA)
Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II)
Av. Erasto Gaertner, 1000 - Bairro Bacacheri
82510-901 - Curitiba - PR
Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II)
Av. Erasto Gaertner, 1000 - Bairro Bacacheri
82510-901 - Curitiba - PR
· RCC-RE (SALVAERO RECIFE)
Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III)
Av. Maria Irene, s/n° - Jordão
51250-020 - Recife - PE
Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III)
Av. Maria Irene, s/n° - Jordão
51250-020 - Recife - PE
· RCC-AO (SALVAERO ATLÂNTICO)
Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III)
Av. Maria Irene, s/n° - Jordão
51250-020 - Recife - PE
Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III)
Av. Maria Irene, s/n° - Jordão
51250-020 - Recife - PE
· RCC-AZ (SALVAERO AMAZÔNICO)
Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV)
Av. do Turismo, 1350 – Prédio do CVA – Tarumã
Caixa Postal: 3512 - 69041-010 - Manaus - AM
Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV)
Av. do Turismo, 1350 – Prédio do CVA – Tarumã
Caixa Postal: 3512 - 69041-010 - Manaus - AM
Unidades Aéreas especializadas da FAB
As operações aéreas do Sistema SAR são apoiadas pela Força Aérea Brasileira (FAB), por intermédio das Unidades Aéreas subordinadas ao Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR).
São esquadrões especializados que dispõem de aviões, helicópteros e pára-quedistas - baseados em diferentes pontos do território nacional - prontos para atuar a qualquer hora e em qualquer lugar em prol do objetivo maior: salvar vidas.
Centro Brasileiro de Controle de Missão COSPAS-SARSAT (BRMCC)
Integrante do Sistema Internacional de Busca e Salvamento por Rastreamento de Satélites, o COSPAS-SARSAT é um setor de grande importância para a localização geográfica dos incidentes.
O segmento BRMCC, especificamente, garante a cobertura radar completa de toda a área SAR de responsabilidade brasileira. Detecta qualquer sinal emergencial de rádio-baliza emitido por aeronaves (ELT), embarcações (EPIRB) e até mesmo por pessoas (PLB) - desde que estes possuam o equipamento transmissor-localizador de emergência, registrado e em boas condições de funcionamento, para a captação pelos satélites.
Ações integradas de Busca e Salvamento
O Sistema SAR Aeronáutico prevê, ainda, a integração com as demais Forças e instituições, somando-se aos recursos e meios da Marinha, do Exército e de organizações públicas, privadas e não-governamentais.
O Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico, por sua estrutura e concepção sistêmica, atua conjugando esforços com essas instituições, empregando aeronaves, órgãos de coordenação e pessoal especializado, para localizar e resgatar sobreviventes de acidentes aéreos ou mesmo marítimos - quando, por exemplo, é necessária uma aeronave para a localização de pessoas, botes ou embarcações em perigo no alto mar.
Caráter Humanitário
O caráter humanitário do Serviço de Busca e Salvamento, aliado aos compromissos internacionais assumidos, motiva importantes investimentos por parte do Comando da Aeronáutica. São investimentos que se fazem notar na implantação e atualização constante dos Centros de Coordenação de Salvamento, do Sistema COSPAS-SARSAT e de seus equipamentos de última geração e no emprego das Unidades Aéreas especializadas.
O SAR, desde a sua origem, participa ativamente no salvamento de vidas humanas. A dedicação pessoal e irrestrita de seus membros é o maior alicerce para o sucesso da missão que lhe é atribuída. Embora seja máxima internacional “treinar na paz para ter sucesso na guerra”, o Comando da Aeronáutica, por intermédio do SAR, utiliza sua capacidade e os ensinamentos da guerra para salvar vidas em tempo de paz.
Na condição de órgão central do SISSAR, o DECEA mantém a estrutura organizacional do serviço de busca e salvamento sólida e atuante.
Registro de Baliza
· Notícias
· Cursos
A evolução do Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico
Com o surgimento da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), em 1944, e o término da segunda-guerra mundial, diversos mecanismos foram criados para proporcionar maior apoio e segurança à navegação aérea internacional, dentre eles a Divisão de Busca e Salvamento, responsável pelo estabelecimento de normas e recomendações que visavam a disciplinar a atividade em todo o mundo.
O Brasil, um dos países participantes da Convenção de Aviação Civil Internacional, Estado contratante da OACI, passou a adotar as diretrizes emanadas pela organização, nelas incluídas as que se relacionavam à organização de um serviço de Busca e Salvamento no país.
Importante observar que, desde o início da aviação no Brasil, as atividades de busca e salvamento já eram levadas a efeito para atender a situações eventuais de perigo, porém de forma improvisada, já que não se dispunha de recursos apropriados nem de pessoal especializado.
Assim, em dezembro de 1947, estabelece-se a Comissão Organizadora de Serviço de Busca e Salvamento, resultando na criação do Serviço de Busca e Salvamento Aeronáutico Nacional, efetivado pela Portaria Ministerial nº 324, em dezembro de 1950.
À semelhança do Brasil, na mesma época, os Estados signatários da OACI procuraram regulamentar seus Sistemas SAR, cuja sigla significa em inglês “Search and Rescue”.
A evolução do serviço de Busca e Salvamento e a necessidade de se adequar a atividade à realidade do País levaram à edição da Portaria nº 99/GM3, de 20 de fevereiro de 1997, que instituiu o Sistema SAR Aeronáutico (SISSAR).
O serviço de Busca e Salvamento brasileiro experimenta, desde então, um processo de evolução permanente.
quinta-feira, 7 de abril de 2011
CRONOLOGIA DO CORPO DE BOMBEIROS
CRONOLOGIA
HISTÓRIA DO CORPO DE BOMBEIROS
1850
Ocorre um incêndio na Rua do Rosário (atual Rua XV de Novembro), o incêndio é extinto por uma bomba manual emprestada por um francês chamado Marcelino Gerard.1852
Em decorrência de tal incêndio, é apresentado na Assembléia Provincial, pelo então Brigadeiro Machado de Oliveira um Projeto de Lei de um Código sobre Prevenção de Incêndios. Nesse Código estavam regulamentados os serviços de prevenção e extinção de incêndios, ficando o povo, por lei, obrigado a cooperar com a Policia nos dias de incêndio.1856
Surge o Corpo de Bombeiros da Corte (atual Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro).1861
Ocorre um incêndio em uma livraria na Rua do Carmo.1863
Novo incêndio, desta vez na Rua do Comércio em uma loja de ferragens.1870
Um barril de pólvora explode no centro da cidade de São Paulo.1875
É criada uma "Turma de Bombeiros" com 10 homens egressos do Corpo de Bombeiros da Corte e que ficaram adidos à Cia de Guarda de Urbanos.1880
Um incêndio na Faculdade de Direito, determina a criação Oficial do Corpo de Bombeiros (10 de março de 1880). O então Alferes José Severino Dias é designado em 24 de julho Comandante da Seção de Bombeiros com 20 homens (praças) oriundos da Cia de Urbanos.1883
Ocorre a 1ª troca de comando.1888
O efetivo da Seção de Bombeiros aumenta para 30 praças.1890
Elevação a categoria de "Companhia de Bombeiros". O efetivo aumenta para 60 homens. O Comandante passa a ser um Capitão.É criada a 6ª Zona de Bombeiros no município de Santos (atual 6º Grupamento de Incêndio).
1891
O’Connel Jersey assume o comando.É criado a Estação Oeste de Bombeiros (2ª Zona) - atual 2º Grupamento de Incêndio responsável pelo atendimento dos bairros da Barra Funda, Campos Elíseos e Lapa e a Estação Norte de Bombeiros (3ª Zona).
1893
Os movimentos de tropas federalistas no sul do país e a situação agitada do povo diante dos acontecimentos subversivos (Revolta da Armada), faziam com que os brasileiros temessem uma guerra civil. Um contingente do Corpo de Bombeiros segue para Santos integrando a Força Policial, juntando-se às tropas em defesa da causa republicana.
1895
É inaugurada a 3ª Zona de Bombeiros, responsável pelo atendimento dos bairros da Moóca, Brás, Belém, Penha e Vila Prudente (atual 3º Grupamento de Incêndio).1896
São inauguradas as estações do Norte e Oeste, inicia-se o funcionamento do 1º Sistema de Alarmes, o "GENERST".1900
Unem-se todas as forças policiais em uma só "FORÇA PÚBLICA". É criado o Corpo Municipal de Bombeiros de Campinas, seu efetivo inicial era de 8 homens.1906
A Força Pública recebe instrução de uma missão francesa.1909
É impresso o 1º Manual de Instrução. Chegam os primeiros veículos automóveis. Inaugura-se o 2º Sistema de Alarmes, o "GAMEWELL".1911
São colocadas em todos os bairros da cidade de São Paulo 160 novas caixas de avisos de incêndio.1912
Começam a funcionar as Oficinas do Corpo de Bombeiros, cuidando de suas viaturas e equipamentos.1915
É impresso o 2º Manual de Instrução.1917
O Coronel Soares Neiva deixa o Corpo de Bombeiros para comandar a Força Pública.1924
O Corpo de Bombeiros é transformado em Batalhão de Bombeiros Sapadores.1929
Ocorre uma grande compra de automóveis e equipamentos.1930
Afonso Luiz Cianciulli assume o Comando do Batalhão de Bombeiros Sapadores.1931
Volta a denominação "Corpo de Bombeiros".1932
Mulheres são empregadas no Corpo de Bombeiros para suprir a falta de efetivo, que estava sendo empregado nas frentes de luta durante a Revolução Constitucionalista. O Corpo de Bombeiros entrega a sua Invernada ao Regimento de Cavalaria por não possuir mais cavalos ou muares.
1935
Os serviços de extinção de incêndios são transferidos para o Município da Capital.1936
O Corpo de Bombeiros deixa a tutela do Estado e passa a ser administrado pelo município. É impresso o 3º Manual de Instrução.1942
É firmado o primeiro convênio entre o Estado e a Prefeitura de São Paulo. O Corpo de Bombeiros passa a ser Estadual.1947
Ocorre a manifestação de desejo de autonomia. É destacada em Santos a 6ª Companhia do Corpo de Bombeiros (hoje 6º Grupamento de Incêndio).1948
As oficinas do Corpo de Bombeiros são transferidas para a Força Pública.1949
Pela 1ª vez um Oficial do Corpo de Bombeiros segue em viagem de estudos para os EUA. 1951
Entra em funcionamento a Escola de Bombeiros.1952
O Corpo de Bombeiros recebe 9 viaturas importadas dos EUA e Alemanha. 1954
São editados os novos Manuais de Instrução em vários volumes.É criado o 4º Grupamento de Incêndio com sede na região da Vila Mariana, na capital.
1955
É inaugurada a rede de rádio do Corpo de Bombeiros.1957
Vários Oficiais do Corpo de Bombeiros são transferidos.1959
São lançados ao mar 10 lanchas destinadas ao Serviço de Salvamento.1961
O Serviço de bombeiros atravessa uma grande crise gerada por fatores políticos e econômicos que atingem a Força Pública como um todo. Jovens Oficiais do Corpo de Bombeiros iniciam uma greve, ao final frustada, mas que paralisaram os serviços de bombeiros por cerca de 24 horas. O motivo principal da greve eram os salários que se apresentavam em níveis insuportáveis. De imediato o Corpo de Bombeiros perde toda uma geração de Oficiais, que por haverem participado do movimento por melhores salários, é transferida para outras unidades principalmente no interior. Há, em consequência uma quebra na transmissão das técnicas e da experiência, obrigando que o aprendizado a nível de Oficiais voltasse à estaca zero.1964
Grande compra de Auto-Bombas (Os famosos "Volta ao Mundo"). É fundada a Companhia Escola de Bombeiros, seu 1º Comandante e fundador, foi o Capitão PM Luis Sebastião Malvásio.
1967
Inicia-se a demolição da Estação Central.É criado o 8º Grupamento de Incêndio, na região do ABCD.
1970
É criado o 10º Grupamento de Incêndio, com sede no município de Marília.1972
Em 24 de fevereiro, ocorre o incêndio do Edifício Andraus de 31 andares, 16 pessoas morrem e 375 ficam feridas, o Corpo de Bombeiros envia 31 viaturas e dezenas de carros pipas. O Incêndio provoca o surgimento de um Grupo de Trabalho para estudar e propor reforma dos Serviços de Bombeiros.1973
É criado o 2º Grupamento de Busca e Salvamento, na zona sul da capital.1974
Em 01 de fevereiro ocorre o incêndio do Edifício Joelma de 23 andares, 189 pessoas morrem, o Corpo de Bombeiros envia ao local 26 viaturas e 318 bombeiros.É criado o 1º Grupamento de Busca e Salvamento, na área central da Capital.
1975
Ocorre a preconizada reestruturação dos serviços de bombeiros. Em razão do incêndio do Joelma, é publicado o novo Código de Obras de São Paulo.É criado o 9º Grupamento de Incêndio, com sede no município de Ribeirão Preto.
1979
Entra em funcionamento o 3º Sistema de Alarmes, o telefone 193. É firmado convênio entre o Estado e a Prefeitura. Médicos do Hospital das Clínicas da USP preocupados com a alta mortalidade nos Pronto-Socorros, produzidas pela ineficiência e inadequação do atendimento pré-hospitalar e transporte de vítimas, começam a se interessar no gerenciamento do atendimento das emergências em geral.
1981
Em 14 de fevereiro, ocorre um incêndio na Av. Paulista, no edifício Grande Avenida de 23 andares, o Corpo de Bombeiros envia ao local 20 viaturas e 300 bombeiros, 17 pessoas morrem e 53 são feridas, entre elas 11 bombeiros e 10 do efetivo do Comando de Operações Especiais da PM.1983
É oficializado pela Secretaria Estadual da Saúde a CRAP - Comissão de Recursos Assistenciais de Pronto Socorro, com a participação de inúmeros órgãos ligados ao atendimento das vítimas, contando com a partuicipação do Corpo de Bombeiros.1985
É criado o 3º Grupamento de Busca e Salvamento, responsável pelas atividades de Prevenção de Afogamentos e Salvamento Marítimo, com sede no município do Guarujá.1986
Através da Associação de Intercâmbio entre EUA e Brasil, denominada "Companheiros da América", o Corpo de Bombeiros envia um grupo de 4 Oficiais, juntamente com 01 Oficial da Defesa Civil e 3 médicos à cidade de Chicago, para a realização de um Curso de Técnicos em Emergências Médicas.1987
É criado a CAMEESP - Comissão de Atendimento Médico às Emergências do Estado de São Paulo, que apresentou proposta para a criação de um projeto piloto de atendimento pré-hospitalar denominado "SISTEMA INTEGRADO DE ATENDIMENTO ÀS EMERGÊNCIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO. 1988
É criado o Projeto Salva-Mar (3º GBS), criando um novo perfil do "Guarda-Vidas" no litoral paulista possibilitando uma cobertura mais abrangente e eficiente, com a aquisição de novos equipamentos e maior grau de instrução, dimunuindo o número de óbitos por afogamento.1989
Os Secretários Estaduais da Segurança e da Saúde assinam a resolução Conjunta SS/SSP Nº 42, que definia as formalidades de implantação do PROJETO RESGATE.São criados os 13º, 14º, 15º e 16º Grupamentos de Incêndio.
1990
É colocado em prática o Serviço de Resgate com atuação na Grande São Paulo e em 14 municípios do estado, sendo empregadas 36 Unidades de resgate, 02 Unidades de Suporte Avançado e 01 helicóptero.1991
É formada uma turma de 40 "bombeiras", entre elas, 05 Oficiais, denominadas "Pioneiras do Fogo".1992
O Corpo de Bombeiros promove o 3º Seminário Nacional de Bombeiros na cidade de Ribeirão Preto.1994
O Serviço de Resgate do Estado de São Paulo é consolidado através do Decreto Lei nº 38.432, garantindo sua operacionalização através da Polícia Militar do Estado de São Paulo, por intermédio do Corpo de Bombeiros e do Grupamento de Rádiopatrulha Aérea. É criado o 1º Grupamento de Incêndio (Comando de Bombeiros da Capital).
1995
Em 29 de janeiro, ocorre uma explosão em uma loja de fogos no bairro de Pirituba na Capital, 33 casas são atingidas e 15 pessoas morrem, o Corpo de Bombeiros enviou ao local 15 viaturas e 62 bombeiros. O Corpo de Bombeiros realiza o seu 1º Seminário de Agilização da intervenção Operacional com a presença de mais de 300 bombeiros entre Oficiais e Praças.
1996
É implantado o Sistema de Despacho assistido por computador no Centro de Operações de Bombeiros (COBOM) na Capital. É criado o 12º Grupamento de Incêndio (sede em Bauru).
Ocorre em 11 de junho uma explosão no Shopping Center Plaza de Osasco causada por vazamento de GLP sob o piso da área de restaurantes, 41 pessoas morrem e mais de 48o pessoas são feridas, o Corpo de Bombeiros envia para o local 38 viaturas e 167 bombeiros.
Ocorre em 31 de outubro a queda da aeronave Fokker 100 da TAM no bairro do Jabaquara, 99 pessoas morrem, o Corpo de Bombeiros envia para o local 28 viaturas e 107 bombeiros. O Corpo de Bombeiros realiza o seu 2º Seminário de Agilização da intervenção Operacional com a presença de mais de 300 bombeiros entre Oficiais e Praças.
1997
É lançado o MANUAL DE FUNDAMENTOS do Corpo de Bombeiros. Com mais de 360 páginas e mais de 880 ilustrações, o MANUAL aborda 18 temas ligados às principais áreas de atuação dos serviços de bombeiros. A SIRENE, popularmente conhecida como BITONAL (dois tons lá-lá/ré-ré), com 4 (quatro) cornetas, frequência de 435/450 Hz e 580/600 Hz, com intensidade de som de 113 dh, a aproximadamente 7 (sete) metros, passa a ser destinada, para uso exclusivo e restrito aos veículos pertencentes ao CORPO DE BOMBEIROS da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Seguindo uma nova filosofia de atendimento à grandes emergências - SICOE (Sistema de Comando de Operações em Emergência).
É apresentada a nova viatura de "COMANDO DE OPERAÇÕES, destinada a ser empregada em grandes ocorrências servindo sempre como Posto de Comando e oferecendo ao Comandante das Operações todo o suporte técnico necessário ao planejamento estratégico e à coordenação tática das ações inerentes à emergência.
O Corpo de Bombeiros realiza o seu 3º Seminário de Agilização da intervenção Operacional com a presença de mais de 300 bombeiros entre Oficiais e Praças.
HISTORIA DO CORPO DE BOMBEIROS
No tempo em que a Capital da Província não chegava a cobrir três colinas, em que as construções começaram a ser mais valiosas, começou-se a pensar em combater as chamas. Em caso de incêndio, mulheres, homens e crianças ficavam em fila, e, do poço mais próximo iam os baldes passando de mão em mão, até chegarem ao prédio em chamas. Em 1851 foram aprovadas as primeiras posturas municipais relativas aos casos de fogo, tomadas em conseqüência de um incêndio havido em dezembro de 1850, na Rua do Rosário, hoje XV de Novembro, com a aquisição de 2 bombas que não foram utilizadas até 1862, pois nesses 12 anos, não ocorreu um único incêndio. Em 1870, novo incêndio, nova "turma de bombeiros", e, mais 7 anos sem ocorrências.
A 10 de março de 1880, começaram oficialmente os trabalhos de extinção de incêndio na Capital do Estado de São Paulo, com a criação da Seção de Bombeiros composta de 20 homens.
Eis a íntegra da lei:
"Artigo 1º - Fica o governo da província autorizado a organizar desde já uma Secção de Bombeiros, anexa à Cia de Urbanos da capital e a fazer aquisição de maquinismo próprio para a extinção de incêndios." "Artigo 2º - Para essa despesa, é o governo autorizado a abrir um crédito de 20:000$00, revogadas as disposições em contrário." |
A Seção criada ficou ocupando uma parte do prédio onde funcionava a estação central da Companhia de Urbanos, na Rua do Quartel (hoje Rua 11 de Agosto), sendo requisitado o material necessário para sua formação.
O Chefe de Polícia, Dr. João Augusto de Pádua Fleuri, incumbido pelo Presidente da província, foi à Capital do país a fim de providenciar os materiais necessários para o levantamento do núcleo de bombeiros.
Trouxe ele duas bombas vienenses, uma das quais doada pelo governo Imperial, que eram muito importantes, pois tinham força suficiente para projetar água ao telhado de prédios de 2 (dois) andares (construção de taipa, com altura de 8 a 9 metros). Foram também adquiridos na época, pipas, mangueiras e outros materiais necessários à extinção de fogo.
Da então Capital do país vieram alguns homens que haviam servido no Corpo de Bombeiros local, que, com alguns recrutas de São Paulo, completaram o efetivo do núcleo de soldados do fogo. O primeiro comandante da Seção, em 1887, depois de muitos pedidos, secundado pelo Chefe de Polícia, recebeu da Corte mais alguns aparelhamentos. Esses materiais vieram preencher falhas de que se ressentia a Seção. Entre elas veio para São Paulo a primeira bomba a vapor, denominada "Greenwich".
Surgiu, então, o problema da acomodação do material adquirido, que não seria possível no prédio da Central de Urbanos. Em vista disso, em 1887, a Seção foi transferida para o prédio da Rua do Trem (hoje Rua Anita Garibaldi, local da atual sede do Corpo de Bombeiros).
Em 1888, já era insuficiente o efetivo de 20 homens e, por isso, o governo provincial elevou a 30 o número de praças.
Naquela época, os avisos de incêndios eram transmitidos por meio de rebates nos sinos das igrejas ou por comunicações verbais de particulares, que corriam até a porta do quartel de bombeiros para tal fim.
Até a proclamação da república, a Seção de Bombeiros de São Paulo teve três comandantes, o primeiro deles foi o tenente José Severino Dias, que assumiu o comando em julho de 1880, iniciando de imediato os trabalhos de organização dos serviços de combate a incêndios, de instrução e da instalação da Seção. Procedia do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, onde tinha o posto de alferes. Em 1883, a pedido, foi substituído por poucos dias e interinamente, pelo Tenente Manoel José Branco, do Corpo Permanente da Guarda Urbana. Logo depois, foi nomeado o Tenente Alfredo José Martins de Araújo, que era também oriundo do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.
Após um aumento brusco no efetivo sem o tempo necessário para o treinamento e instrução dos novos bombeiros, que num total de 168 homens compunham a então Companhia de Urbanos, em outubro de 1891 assume o comando o capitão José Maria O’ Connel Jersey, um rígido e disciplinado oficial de engenharia que a dissolve, reorganiza, e cria em 14 de novembro do mesmo ano, o Corpo de Bombeiros com 240 homens melhor selecionados.
Nesse período, a Companhia Telefônica montou 50 aparelhos para agilizar o aviso de incêndio. No local da ocorrência era utilizada a corneta e nas ruas era usado o sistema alemão que só seria desativado por volta de 1920. São também criadas as oficinas de conserto e manutenção dos materiais que o Corpo já dispunha.
Em abril de 1896 são inauguradas 50 caixas de aviso e incêndio chamadas "Linhas Telegráficas de Sinaes de Incêndio" com aproximadamente 70 Km de extensão, operadas por civis graduados militarmente.
Em 1910, foram adquiridos na Inglaterra os primeiros veículos automotores, junto à empresa Merrryweather & Sons, num total de seis (três para o combate ao fogo), a serem entregues em 1911, ano em que foi inaugurado o popular sistema de alarme Gamewell, americano, com 146 caixas e que sob a manutenção do Corpo funcionou por mais de quatro décadas.
Todo o material de tração animal foi desativado em 1921. Com o desenfreado crescimento da cidade, porém, os automóveis adquiridos não eram suficientes. Entra em cena então a criatividade dos bombeiros. Foram aproveitadas duas bombas a vapor que pertenciam ao equipamento recém aposentado e adaptadas sobre dois chassis (Mercedes Saurer e Fiat), e o Corpo ganhou mais dois veículos. Um oficial chamado Affonso Luiz Cianciulli (que mais tarde chegaria a comandar a instituição) projetou e custeou do próprio bolso o desenvolvimento de uma bomba, que se tornou o primeiro equipamento de combate a incêndios fabricado no Brasil. Batizado de "Bomba Independência", fez sua apresentação no desfile da Pátria de 1922.
Os bombeiros começaram a se expandir para o interior em 1943, através de acordos com as municipalidades, iniciando um processo de organização a nível estadual. Existiam no efetivo dessa época 1212 homens.
Em 1955 é inaugurada a rede de rádio, facilitando a comunicação entre as viaturas e o quartel, que informava o melhor caminho, a evolução da ocorrência, centralizava os pedidos e os distribuía de forma racional entre os Postos. Um ano depois foram desativadas as caixas de alarme, mas o seu sucessor, o telefone, ainda não atendia totalmente as necessidades da população. Havia poucos aparelhos e o número não era de fácil memorização. Somente 23 anos depois seria adotado o número de emergência 193.
Em 1964 inaugura-se a Companhia Escola e é criado o Curso de Bombeiro para Oficiais. Em 1967 a Estação Central (localizada à Praça Clóvis Bevilácqua) é demolida para a edificação de uma nova, concluída somente em 1975.
Reflexo dos catastróficos incêndios dos edifícios Andrauss (1972) e Joelma (1974) onde centenas de vidas foram ceifadas, são importados auto-bombas, auto-escadas, auto-plataformas, veículos de comando e de apoio e todas as viaturas passam a contar com rádio, além do aperfeiçoamento das exigências legais quanto aos aspectos de prevenção de incêndios.
Em 1990, visando melhorar a qualidade do atendimento pré-hospitalar das ocorrências de salvamento, é implantado o sistema de Resgate na Grande São Paulo e em mais 14 municípios, contando com pessoal, veículos especializados e apoio de helicópteros.
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